terça-feira, 20 de novembro de 2012

A elevação da China a "potência marítima" e sua contribuição para a manutenção da paz mundial



O relatório de trabalho apresentado durante o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) chamou a atenção de todos pela referência à construção de uma "potência marítima". Como a China sempre é a favor da paz no espaço marítimo, os planos de elevação a "potência marítima" tem um grande significado, realista e estratégico, e favorecem a proteção dos direitos e interesse legais, assim como o salvaguardar da paz mundial.

A China conta com uma linha costeira de 18 mil quilômetros e um território marítimo de mais de 3 milhões de quilômetros quadrados. Já na antiguidade, o país utilizou rotas marítimas para estabelecer uma ponte de amizade com diversas nações. Depois da fundação da Republica Popular da China, a construção da "potência marítima" se tornou um desejo comum do povo chinês. O general da Marinha, Yin Zhuo, disse que a elevação a "potência marítima" faz parte de um projeto a longo prazo para o país desenvolver um melhor sistema de segurança e aproveitar os recursos do mar para fortalecer a economia.

"O oceano é muito relevante para assegurar a segurança e estabilidade do país. A elevação a potência marítima, formulada durante o 18º Congresso Nacional do PCCh, indicou a direção para desenvolver a civilização e cultura marítima, e tem um grande significado estratégico a longo prazo."

O termo potência marítima significa que o país tem a força e capacidade para explorar, utilizar, proteger e administrar o oceano. O general Yin Zhuo assinalou que atualmente, em vez de ser uma "potência marítima", a China continua a ser um país com um grande território marítimo. Para realizar tal objetivo, o país ainda tem muito trabalho pela frente.

"No desenvolvimento cientifico e tecnológico da indústria do mar, investigação marítima e oceânica, a China continua atrasada em comparação com os países desenvolvidos. Vamos intensificar o nosso sistema de defesa e exploração marítima, para que a China se torne uma verdadeira potência marítima."

Com a proposta chinesa para se tornar uma "potência marítima", a imprensa estrangeira está mais atenta à envergadura militar do país. Sobre isso, o general Yin Zhuo apontou que a China tem se esforçado pela paz marítima. Em 2009 o país avançou com a proposta do "oceano harmonioso", e a idéia de "potência marítima" surge como uma sucessão.

"O termo potência marítima não significa que o país irá invadir outras nações. Estamos desenvolvendo a potência marítima com intenções unicamente de defesa nacional, sem intenções de agressão. Isto é, vamos salvaguardar a Carta da ONU e todos os direitos e interesses estipulados pela Lei Internacional e Nacional. As nossas forças de defesa nacional não irão roubar os direitos e interesses legais dos outros. Isso é o conceito fundamental da defesa nacional. Depois de a China se tornar uma potência, somente iremos salvaguardar nossos direitos e interesses legais, em vez de agredir os outros."

O século XXI é o século do mar. A elevação a potência marítima constitui uma necessidade para o desenvolvimento econômico, social e cultural. Sendo um país responsável, a China sempre é uma força positiva no salvaguardar da paz mundial. A intensificação da defesa nacional tem como objetivo salvaguardar o desenvolvimento pacífico do país, bem como contribuir ainda mais para a paz mundial.

Tradução Xia Ren
Revisão João Pimenta
Via: portuguese.cri.cn

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

China vai persistir na política externa de cooperação e benefício mútuo



O 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) está sendo realizado em Beijing, capital chinesa. A política externa que o país vai adotar está entre os temas de maior interesse mundial.

O relatório feito pelo secretário-geral do Comitê Central do PCCh, Hu Jintao, durante a abertura do evento, esclareceu que a China vai se esforçar para que o próprio desenvolvimento beneficie os países vizinhos. O pesquisador do Instituto de Estratégia Internacional da China, Gao Zugui, destaca que o país sempre persiste na política de boa vizinhança. As cooperações de benefício mútuo com os vizinhos fizeram com que a China se tornasse o maior parceiro comercial da maioria deles. O país também vai continuar promovendo as colaborações com os países da região:


"Com o crescimento econômico rápido da China, não só os arredores, como também o mundo, foram beneficiados. No futuro, a China deve pensar como melhor favorecer a região. Há uma grande oportunidade nesta área. Por exemplo, a transformação do modelo de desenvolvimento vai resultar no aumento significativo da importação e do investimento no exterior."



O território chinês e os interesses marítimos têm estado entre as principais divergências entre a China e os países vizinhos nos últimos anos. O vice-diretor da Universidade dos Assuntos Estrangeiros da China, Qin Yaqing, explicou o ponto de vista chinês:



"O relatório de Hu Jintao destacou que devemos proteger os interesses marítimos, o que é muito importante. Todos os países soberanos devem fazer isso. O relatório também apontou que a nossa estratégia militar é de característica defensiva. Essa política nunca mudou. É uma posição básica da China resolver as questões relacionadas ao território através de negociações e consultas. Acho que o governo chinês nunca vai alterar essa política."



Quanto às relações entre a China e os maiores países no futuro, o relatório definiu a política de "promover a construção de um novo tipo de laços com estabilidade duradoura e desenvolvimento saudável". Esta expressão foi colocada pela primeira vez em um relatório de congressos nacionais do PCCh. Vale notar que, nos últimos dez anos, chefes de Estado da China e dos EUA mantiveram 26 encontros. Foram criados e aprimorados mais de 90 mecanismos de diálogo intergovernamental entre os dois países. Ao avaliar as relações sino-norte-americanas, o chanceler chinês, Yang Jiechi, afirmou:



"No novo século, os dois lados devem promover as relações bilaterais a partir dos interesses fundamentais do povo dos dois países e os interesses comuns da população mundial. Acho que é preciso deixar de lado o pensamento da guerra fria ao abordar esse relacionamento bilateral tão importante."



Em relação aos laços entre grandes países, o pesquisador Qin Yaqing também apresentou seu ponto de vista:



"Todos os países grandes, incluindo os desenvolvidos e os emergentes, devem resolver as questões por meio pacífico e de diálogo. Por um lado, essas nações devem contribuir mais com a humanidade. Por outro, devem lidar com os conflitos e divergências entre si de forma apropriada."



Comentando as disputas sobre as ilhas Diaoyu entre China e Japão, o diretor do gabinete da rede de televisão japonesa, NHK, em Beijing, Inoue Yoichi, pediu calma entre os dois lados.



"Acho que a imprensa japonesa não deve destacar demais a posição contrária à chinesa. O Japão deve considerar como construir um relacionamento apropriado com o país vizinho, ou como conviver com uma China que está se fortalecendo."


(Via: http://portuguese.cri.cn)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dados da China mostram que recuperação ganha força




A economia da China avançou ainda mais na estrada da recuperação ante o crescimento mais lento em três anos, mostraram nesta sexta-feira dados para outubro, ao passo que o investimento em infraestrutura acelerou e a produção das fábricas do país cresceram no ritmo mais rápido em cinco meses.

A melhora em importantes indicadores de atividade no mês passado, após sinais de recuperação nos dados de setembro, cimentaram a visão de muitas analistas e investidores de que a recuperação da China está agora ganhando força graças a uma série de políticas pró-crescimento tomadas pelo governo nos últimos meses.

"Está muito claro que não há risco de pouso forçado, que a economia irá melhorar no quarto trimestre e que nós veremos um crescimento de 9 por cento na base anual no primeiro semestre do ano", afirmou à Reuters o economista-chefe e estrategista para Ásia com exceção do Japão do Credit Agricole CIB, Dariusz Kowalczyk.

Esse são sinais fortes de crescimento após sete trimestres consecutivos de desaceleração da atividade puxarem a taxa de expansão econômica para 7,4 por cento no terceiro trimestre --a mais lenta desde o começo de 2009-- deixando a segunda maior economia do mundo a caminho de marcar seu ano mais fraco desde 1999.

A pesquisa da Reuters feita após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre previu crescimento de 7,8 por cento no primeiro semestre de 2013, mas Kowalczyk não está sozinho em posicionar-se acima do consenso --e por estar mais convencido de que os números de outubro são um ponto de virada.

"A questão-chave para os investidores é se o crescimento econômico da China realmente chegou ao ponto mais baixo", afirmou o economista-chefe para a China do Bank of America/Merrill Lynch em Hong Kong, Ting Lu, em nota aos clientes.

"Baseados nos dados de outubro, especialmente a leitura de crescimento de 9,6 por cento da produção industrial, a resposta é com certeza 'sim'", disse Lu, que espera que o crescimento do PIB chinês atinja o ritmo de 8,3 por cento no primeiro semestre de 2013, aumentando em relação à taxa de 7,8 por cento do quarto trimestre.

Os ativos de risco foram, de certa forma, menos enfáticos em sua resposta aos números que mostraram surpresas positivas na produção industrial, investimento em ativos fixos --que tiveram alta de 20,7 por cento nos primeiros dez meses do ano-- e vendas no varejo, que cresceram 14,5 por cento em outubro ante o ano anterior.
Os dados desta sexta-feira, termômetros essenciais tanto da atividade doméstica como da produção do setor industrial da China voltado para exportações, deram mais evidências que o afrouxamento da política funcionou e deixaram espaço para as autoridades fazerem ainda mais se necessário.

A inflação ao consumidor desacelerou para o ritmo mais lento em quase três anos em outubro, com aumento de 1,7 por cento em relação ao ano anterior, menor que a leitura de 1,9 por cento registrada em setembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação ficasse estável.

Os preços nos portões das fábricas caíram 2,8 por cento em outubro ante o mesmo período do ano passado, um pouco mais rápido do que a previsão de queda de 2,7 por cento, mas aliviando em relação à queda anual de 3,6 por cento vista em setembro, bons resultados para um setor corporativo que luta para lidar com a queda dos lucros devido à deflação dos preços ao produtor.

(Via: Reuters.com)

China prepara projeto piloto de reforma financeira



Reunidos no 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), o comando da política do país prepara para esta sexta-feira (9) a aprovação de um projeto piloto de reforma financeira. O projeto será instaurado em Wenzhou, na província de Zhenjiang, para servir como modelo ao restante da China, uma vez que o governo pretende estabelecer nova ordem econômica e financeira.



Pelo projeto, haverá aumento no incentivo à participação de capital privado em bancos locais e instituições não financeiras. Segundo dados oficiais, há 11 bancos cooperativos rurais em Wenzhou e dois deles concluíram reformas internas para a sociedade anônima.



Localizado no Sudeste da China, o município de Wenzhou reúne duas cidades satélites e seis áreas agrícolas, com 9 milhões de habitantes. No século 19, a região se transformou em referência na produção de chá, importante produto no país.



O 18º Congresso Nacional do PCC, que começou na quinta-feira (8),  reúne a cúpula política chinesa, incluindo 2.270 delegados, e vai até o dia 14. No congresso serão escolhidos os novos líderes políticos. O atual vice-presidente, Xi Jinping, deverá substituir o presidente Hu Jintao no comando do País e do PCC, dando início a uma nova geração de líderes.



Na segunda quinzena do mês, devem ser definidas as composições do Politburo (a cúpula do partido, com 25 membros) e do Comitê Permanente (com nove integrantes). Na abertura do congresso na quinta-feira (8), o presidente chinês, Hu Jintao, apresentou relatório indicando as prioridades para os próximos anos.


(Via: dci.com)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Para China, vitória de Obama é oportunidade de melhorar relações



A mídia oficial chinesa afirmou que as relações com os Estados Unidos não foram equilibradas no primeiro mandato do presidente Barack Obama e a confiança mútua "diminuiu", mas sua reeleição representa uma oportunidade de recolocar os laços entre os dois países de volta nos trilhos.

Um comentário divulgado pela agência estatal de notícias Xinhua, pouco depois de Obama ser reeleito, parecia indicar um certo alívio de que a continuidade foi assegurada num momento em que os líderes chineses estão envolvidos com a própria transição de poder. Mas a Xinhua reconheceu que existem questões amargas entre as duas maiores economias do mundo.

"Já que as duas economias estão cada vez mais interligadas, um novo governo dos Estados Unidos deveria começar a aprender como construir um relacionamento mais construtivo e racional com a China", assinalou a agência.

"O novo governo Obama deveria talvez ter em mente que um relacionamento mais forte e dinâmico entre os Estados Unidos e a China, especialmente no comércio, não apenas dará aos EUA ricas oportunidades de negócios, mas também ajudará a reviver a frágil economia global."

Romney havia feito declarações duras sobre a China durante a campanha, tendo repetidamente dito que no seu primeiro dia como presidente iria tratar a China como "manipuladora de moeda".

Em contraste, Obama assumiu um tom menos agressivo. No entanto, no ano passado ele anunciou um "eixo" dos EUA na direção da Ásia, tendo como foco a região da Ásia-Pacífico, o que irritou o governo chinês.

Agora, como presidente reeleito, Obama terá de administrar um relacionamento que inclui um número cada vez maior de questões, incluindo comércio, moeda e espionagem industrial.

"Com o relacionamento China-EUA em tal turbulência, ninguém pode prever se (Obama) adotará política mais benigna estratégica, econômica e politicamente", disse o diretor do Centro para Estudos Americanos da Universidade Renmin, em Pequim, Shi Yinhong. "É possível, mas não será necessariamente assim."

Na quinta-feira pelo horário local (quarta-feira pelo horário de Brasília), a China iniciou o processo de transferência de poder, realizado a cada dez anos, com a abertura do 18o Congresso do Partido Comunista.

(Tradução Redação São Paulo, 55 11 5644 7729)

REUTERS MTS MPP
Fonte: reuters.com

terça-feira, 30 de outubro de 2012

China vai impulsionar intercâmbios militares com outros países



A China vai impulsionar os intercâmbios militares com outros países, a fim de aprofundar o entendimento mútuo e dissipar dúvidas sobre sua transparência no desenvolvimento dos meios de defesa nacional, disse um especialista citado nesta terça (30) pela imprensa oficial.

Segundo Ruan Zongze, vice-presidente do Instituto de Estudos Internacionais da China, as autoridades governamentais consideram importante aumentar o intercâmbio e a cooperação no terreno militar com outros países e é possível que este aumento seja visível até o final deste ano.

Dessa forma, você pode aprofundar a compreensão mútua e aliviar as preocupações de alguns países, que argumentam que a China não é suficientemente transparente nas forças armadas, disse Ruan, citado no diário China Daily.

Mas o especialista esclareceu que o Japão está excluído dessas trocas, por seu papel na disputa territorial com a China sobre as ilhas Diaoyu, que os dois países enfrentam desde setembro do ano passado, na pior crise desde que restabeleceram relações diplomáticas há 40 anos.

As declarações do especialista ocorrem após o anúncio esta semana da participação da China, pela primeira vez, juntamente com as forças de defesa da Nova Zelândia e Austrália, em exercícios de socorro e ajuda humanitária em situações de desastres, como relatado pela agência de notícias estatal Xinhua.

A China também irá realizar exercícios similares com os Estados Unidos no final de novembro, na cidade de Chengdu, província de Sichuan, palco de frequentes desastres naturais.

De acordo com Su Hao, professor de assuntos globais na Universidade de Relações Exteriores da China, o impulso às relações e à cooperação bilaterais no terreno militar é um sinal do interesse do país em assumir maior responsabilidade na manutenção da paz e estabilidade na região da Ásia-Pacífico.

Além disso, um porta-voz do Ministério da Defesa anunciou hoje que os chefes das academias e universidades de estudos militares neste país e das anções pertencentes à região do Sudeste Asiático se reunirão na capital de 4-8 de novembro próximo.

O tema de discussão na reunião, a ser realizada em ocasião do 16º Fórum Regional da Asean, será encaminhado à estratégia de segurança nacional em um mundo em mudança, disse a jornalistas o porta-voz oficial, Yang Yujun.

Fonte: Prensa Latina

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

24 de outubro, dia das Nações Unidas


Você sabe por que 24 de outubro é o Dia das Nações Unidas?O Dia das Nações Unidas – 24 de outubro – marca o aniversário da entrada em vigor, em 1945, da Carta da ONU. Com a ratificação deste documento fundador pela maioria de seus signatários, incluindo os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, as Nações Unidas oficialmente passaram a existir.
24 de outubro é comemorado como Dia das Nações Unidas desde 1948. Em 1971, a Assembleia Geral da ONU recomendou que o dia fosse observado pelos Estados-Membros como um feriado público.
Assista ao vídeo do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon:

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mudança de pauta torna China líder de exportações ao Brasil



Mesmo com a freada no desembarque de veículos chineses em território brasileiro, a China tornou-se em 2012 o país que mais exporta para o Brasil. Os chineses tomaram o lugar que era historicamente, até o ano passado, dos Estados Unidos. A nova classificação dos chineses, segundo economistas, veio para ficar. A liderança é resultado de uma mudança estrutural de longo prazo na pauta de exportação da China. Além disso, a elevação dos investimentos chineses no Brasil deverá alavancar nos próximos anos o comércio intracompanhias, ainda pequeno entre brasileiros e chineses.

Em 2002 a China era o sétimo fornecedor mais importante do Brasil no mercado internacional, respondendo por 3,3% das importações brasileiras. De lá para cá, a fatia chinesa nos desembarques brasileiros aumentou a cada ano. Em 2012, no acumulado até setembro, a China atingiu participação de 15,2%, com R$ 25,1 bilhões. No mesmo período os Estados Unidos venderam ao Brasil o total de R$ 23,8 bilhões. Os americanos, que tinham fatia de 21,8% há dez anos, têm hoje participação de 14,4% nas importações brasileiras. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Welber Barral, ex-secretário de comércio exterior, diz que a pauta de exportação da China para o Brasil se diversificou muito mais que a dos americanos. Em 2002, aviões, helicópteros e suas partes, além de turborreatores estavam entre os principais itens que os brasileiros compravam dos Estados Unidos. Esses bens continuam entre os mais importantes na lista dos itens comprados dos americanos. Há dez anos, o coque e a hulha estavam entre as importações brasileiras mais representativas com origem da China. Atualmente esse produtos deram lugar a manufaturados, como eletrônicos e suas partes, além de material de transporte.

O comércio entre o Brasil e os Estados Unidos, argumenta Barral, mudou menos porque é mais dependente do comércio intracompanhias. A pauta da exportação dos chineses para o Brasil, de forma diferente, reflete a diversificação de produção que aconteceu no país asiático.

Barral estima que os chineses continuarão liderando a exportação ao Brasil, principalmente quando os investimentos do país asiático em território brasileiro amadurecerem. Além da pauta diversificada de exportação dos chineses, a corrente de comércio entre Brasil e China passará a contar também com as trocas intracompanhias. Segundo dados da Renai, orgão do Mdic, a China, em 2011, foi o 12 º país com maior valor em investimentos anunciados no Brasil. A China ficou com 3,8% do valor dos anúncios do ano passado.

O avanço chinês com o comércio intracompanhias, diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), deverá se intensificar de forma acelerada nos próximos anos. "O ritmo será alto porque os investimentos chineses estarão em crescimento, bem diferente dos investimentos americanos, que já estão quase todos maturados."

Castro também chama atenção para a mudança da pauta de exportação do país asiático. As vendas da China para o exterior, que antes eram de produtos de baixo valor agregado, ficaram cada vez mais sofisticados, com maior intensidade tecnológica. "As importações da China não são mais de quinquilharias, ou de produtos têxteis e de calçados. Hoje importamos bens de capital chineses."

Dados do Mdic mostram que em 2002 os bens de capital representavam 13,4% das importações brasileiras "made in China". Essa fatia avançou e atualmente alcança 23,4%. Os bens intermediários, que eram 67,3% há dez anos, hoje representam 56,6%. Esse avanço da China nos produtos mais intensivos em tecnologia, inclusive máquinas e equipamentos, diz Castro, foi propiciado pelo crescimento do país asiático em ritmo muito acima da média exatamente nos últimos dez anos. Os Estados Unidos, ao contrário, tiveram ponto alto de crescimento perto de 2002 e viram várias empresas deslocando produção para o território chinês, em razão do baixo custo de mão de obra e de outros fatores de produção. O crescimento americano na última década atingiu o pico em 2004, com alta de 3,5%. O ponto mais alto da China foi em 2007, com 11,2%. Para este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê para a China crescimento de 7,8% e, para a os Estados Unidos, 2,2%.

Especialista em comércio exterior, Fernando Ribeiro, técnico de pesquisa e planejamento do Instituto de Pesquisa Econômico Aplicada (Ipea), faz ressalva semelhante. "Não é só a questão do crescimento da China. O desempenho das empresas americanas no período também foi fraco."

O avanço chinês nas importações, argumenta Ribeiro, não se restringe ao Brasil. "Trata-se de uma mudança estrutural na qual a China tornou-se, ao longo do tempo, a principal fornecedora de diversos países, com ganho de ’market share’ no mercado mundial."

Aos poucos, diz o pesquisador do Ipea, a China passou a fornecedora de produtos mais simples até bens mais sofisticados, ganhando o mercado de fornecedores tradicionais de bens de capital, como os Estados Unidos, Alemanha e demais países europeus.

Dados da Abimaq, que reúne as indústrias de máquinas e equipamentos, mostram que a China em 2002 era o 14º fornecedor externo de bens de capital mecânicos ao Brasil. Na época, os chineses venderam menos de US$ 100 milhões nesse tipo de bem para os brasileiros. Neste ano, no acumulado até agosto, a China é a segunda origem mais importante dessas mesmas máquinas, com US$ 2,8 bilhões em vendas ao Brasil. Os americanos ainda continuam no topo da lista, com US$ 5 bilhões, mas perderam terreno. Em 2002, os Estados Unidos eram responsáveis por 38% dos bens de capital mecânicos desembarcados no Brasil. Agora essa fatia é de 25%. O desempenho chinês já deixou para trás os alemães, que tradicionalmente eram o segundo fornecedor estrangeiro das máquinas. A Alemanha, no acumulado até agosto, vendeu US$ 2,5 bilhões em máquinas ao Brasil.

Para Ribeiro, a tendência da China como principal fornecedor do Brasil já está dada e deve se manter. "As exportações da China crescem mais rápido que a média mundial há muito tempo e isso não deve mudar no curto prazo", diz. O economista lembra que, mesmo com a desaceleração da sua economia, a China ainda permanecerá com crescimento relativamente alto.

Fonte: Valor

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Caixa anuncia agência de negócios no Japão para atender trabalhadores brasileiros.



A Caixa Econômica Federal anunciou que vai abrir na agência de negócios no Japão para atender os dekasseguis, brasileiros que trabalham no Japão. O presidente da Caixa, Jorge Hereda, se reuniu nesta terça-feira em Tóquio com dirigentes da Agência Reguladora do Sistema Financeiro Japonês (FSA). Durante o encontro, o presidente entregou uma carta de intenções oficializando o interesse do banco em dar entrada no pedido de licença bancária no Japão, junto à Agência Japonesa.
Segundo Jorge Hereda, o Japão é um parceiro estratégico do Brasil e faz parte do projeto de expansão internacional da Caixa.
- Queremos abrir uma unidade de negócios no Japão para oferecer produtos atraentes para os japoneses e brasileiros, e apoiar as empresas na construção de bons negócios - afirmou.
Hereda reuniu-se também com Yoshikazu Izawa, presidente da maior instituição financeira do país, o Japan Post Bank. A Caixa e o Banco Postal japonês são parceiros nos serviços de remessas desde janeiro de 2011.  No encontro, o presidente Jorge Hereda apresentou aos executivos japoneses com os volumes negociados pela Caixa e o atual nível de crescimento da carteira de crédito.
O Japan Post Bank é o maior banco de poupança do mundo e possui a maior rede de atendimento do Japão. São mais de 8 mil pontos de atendimento habilitados para operar as remessas do convênio com a Caixa. O banco japonês possui também a maior rede de auto-atendimento no Japão, com cerca de 26 mil terminais.
A Caixa já está presente no Japão há seis anos com um Escritório de Representação e vem atuando por meio de parcerias com o Japan Post Bank (Correios Japonês) e o Iwata Shinkin Bank. Com a obtenção da licença bancária, a Caixa poderá atuar ativamente no mercado japonês oferecendo diretamente produtos bancários e fortalecendo parcerias com empresas japonesas e brasileiras.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Exportações da China registram forte crescimento em setembro



As exportações da China cresceram quase duas vezes acima da taxa esperada em setembro, ao passo que as importações voltaram a mostrar expansão, sugerindo que as medidas do governo para estimular o crescimento estão funcionando e que políticas adicionais de incentivo talvez não sejam necessárias agora.


Dados da alfândega mostraram que as exportações cresceram 9,9 por cento em setembro, na comparação anual, quase duas vezes a taxa de 5 por cento estimada por investidores. O número representa também um forte avanço em relação a agosto, quando as exportações cresceram 2,7 por cento na comparação anual.



As importações tiveram expansão de 2,4 por cento em setembro, frente ao mesmo mês de 2011, número em linha com a pesquisa feita pela Reuters, que apontava para uma recuperação após o inesperado recuo de 2,6 por cento nas importações em agosto, também em base anual.



O superávit comercial foi de 27,7 bilhões de dólares em setembro, ante expectativa de 20,7 bilhões de dólares. Um mês antes, o saldo positivo foi de 26,7 bilhões de dólares.



"O dado de exportação foi muito mais forte que o esperado, sinalizando que os mercados externos têm se recuperado", disse à Reuters o economista Xiao Bo, da Huarong Securities em Beijing.


Fonte: Reuters / Xiaoyi Shao e Sui-Lee Wee

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Aniversário da Proclamação da República da China






A República Popular da China é o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, aproximadamente um quinto da população da Terra. É uma república socialista governada pelo Partido Comunista da China sob um sistema de partido único e tem jurisdição sobre 22 províncias, cinco regiões autônomas (Xinjiang, Mongólia Interior, Tibete, Ningxia e Guangxi), quatro municípios (Pequim, Tianjin, Xangai e Chongqing) e duas Regiões Administrativas Especiais com grande autonomia(Hong Kong e Macau). A capital da República Popular da China é Pequim.

Com aproximadamente 9,6 milhões de quilômetros quadrados, a República Popular da China é o terceiro ou quarto maior país do mundo em área total e o segundo maior em área terrestre.

Por mais de 4 mil anos, o sistema político da China foi baseado em monarquias hereditárias (também conhecidas como dinastias). A primeira dessas dinastias foi a Xia (aproximadamente 2000 a.C)., mais tarde foi a dinastia Qin que unificou a China em 221 a.C. A última dinastia foi a Qing, que terminou em 1911 com a fundação da República da China (RC) pelo Partido Nacionalista Kuomintang (KMT). Sun Yat-Sen, líder chinês nacionalista proclama a República da China e começa a revolução que derruba a dinastia Manchu a exatamente 101 anos atrás, no dia 10 de outubro de 1911. Na primeira metade do século XX a China mergulhou em um período de desunião e guerras civis que dividiram o país em dois principais campos políticos - o Kuomintang e os Comunistas. As hostilidades terminaram em 21 de setembro de 1949, quando a República Popular da China foi estabelecida pelos comunistas. O KMT, liderado pelo governo da República da China, recuou para Taipei, agora limitando sua competência para a ilha de Taiwan e algumas ilhas adjacentes.

A importância da China no mundo de hoje como uma grande potência é refletida através de seu papel como terceira maior economia do mundo nominalmente (ou segunda maior em poder de compra) e como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, bem como sendo um membro de várias outras organizações multilaterais, incluindo a OMC, APEC, G-20 e da Organização para Cooperação de Xangai. Além disso, é reconhecido como um Estado com armas nucleares, além de possuir o maior exército do mundo em número de tropas e o segundo maior orçamento de defesa. 

Desde a introdução de reformas baseadas no mercado econômico em 1978, a China tornou-se uma das mais rápidas economias em crescimento, o segundo maior exportador e o terceiro maior importador de mercadorias do planeta. A rápida industrialização reduziu a sua taxa de pobreza de 53% em 1981 para 8% em 2001. Entretanto, a República Popular da China está agora confrontada com uma série de outros problemas, incluindo um rápido envelhecimento da população, devido à política do filho único, um crescente êxodo rural e a degradação ambiental. Além disso, a China tem sido constantemente criticada por suas violações aos direitos humanos, e por ter um histórico problemático de interferir na liberdade de imprensa.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A política chinesa e um paralelo com o Brasil



Quanto nossos empresários envolvem-se com política? Como sabemos trata-se de um “lugar comum” em relevante parcela do nosso empresariado professar o distanciamento com o universo político. Manter-se longe da política vem de uma mentalidade de que laços assim são formados apenas para gerar resultados e fortalecer a economia, em um posicionamento que teima em deixar as questões públicas para aqueles que são sustentados com seus impostos.
Muito bem, não deixa de ser uma posição a se respeitar e que, de fato, carrega alguma coerência. O problema é quando o universo político, do qual se pratica o propalado distanciamento, detém o poder de elevar impostos e intervir com mais burocracia, atrapalhando a necessária simplicidade com a qual os negócios poderiam ser tocados (aqui nenhuma crítica com os marcos regulatórios, esses sim muito necessários).
A política é a mesma que também propôs redução da carga tributária com incentivos ocasionais e setoriais, com a contrapartida de mais exigências e outras intervenções. Para ajudar, além do distanciamento político ainda existe a cultura dominante que pressiona empresários e empreendedores a “pagar a conta” do tão desejado bem estar social – tese disseminada pelos meios culturais, de formação profissional e até mesmo por muitos ambientes de imprensa.
Em resumo, quanto menor é a participação do empresariado no processo político – e aqui rogo para não confundirmos isso com a atuação para a conquista de contratos públicos –, maior é a intervenção estatal, a burocracia e os impostos sem retorno. O resultado: condições piores para conduzirmos com leveza a aventura que é gerar riqueza e sustento a partir de apostas e riscos assumidos.
E o que a China tem a ver com isso?
Mas alguém pode me questionar sobre qual é a relação dos parágrafos acima com o título, e consequentemente com a China? Vou explicar: o processo político chinês anda caótico e vem mobilizando empresários e investidores preocupados com os caminhos que uma nomenclatura (típica expressão para resumir uma elite política com forte poder de intervenção estatal) eventualmente desconectada das boas práticas inerentes ao progresso econômico pode adotar.
Resumindo, na contramão do que se propala no nosso Brasil, vemos no caso chinês o privado atento ao público, pois sabe que este é poderoso e pode, com algumas canetadas, decidir o seu destino.
O tema veio à tona nestes últimos dias com o alívio causado com a reaparição pública de Xi Jinping, que é cotado para suceder a posição do atual líder Hu Jintao. Uma aparição que veio após um misterioso desaparecimento de cena, com explicações esquisitas, cancelamentos de compromissos de grande importância e outros sintomas típicos de nações capitalistas desprovidas de democracia.
A situação causou apreensão na comunidade empresarial chinesa, uma vez que Xi é visto como um liberal que enxerga, na gradual abertura política da China, o caminho mais seguro para a manutenção do seu apogeu econômico – e, assim, se preocupa com o crescente êxodo de empresários, investidores e membros da elite econômica do país.
Sim, porque muitos empreendedores e grupos, embora permaneçam apostando, começam a diversificar seus investimentos e esforços em outros países, assim como passaram a enviar seus familiares para prosseguir com suas vidas em ambientes onde possam respirar maior liberdade política e de opinião.
A migração é uma realidade. Trata-se de um fenômeno natural gerado pelo acesso aos benefícios do capital, que não pode ser contido pelo nacionalismo ou padrões ideológicos, e cada vez menos pela repressão política e cultural.
Xi Jinping é o ator principal de um cenário político onde a luta entre o atraso e o progresso ganha proporções e atrai a atenção de uma sociedade esgotada com o modelo atual. Mais do que isso, poderá atuar, caso se fortaleça no poder, como o elemento propulsor de uma nova era chinesa, que trará seus lucros sociais e econômicos, mas não escapando de enfrentar as forças conservadoras encasteladas em Pequim. Uma coisa é certa: essa transformação contará com um empresariado cada vez mais consciente.
Para encerrar com uma nítida comparação conosco, coloco aqui uma sentença: em uma nação com forte presença estatal na economia, a omissão jamais convergirá com lucros e prosperidade.
(Via: dinheirama.com)

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Condutas sustentáveis: é preciso aprender e colocá-las em prática.



Segundo o Instituto Akatu,“estima-se que o mundo consuma 20% a mais em recursos naturais do que a Terra consegue renovar. Em 40 anos, o gasto mundial com compras de produtos e serviços domésticos passará de 5 trilhões de dólares anuais para 20 trilhões de dólares. Nesse ritmo, serão necessários insumos de quatro planetas para suprir o consumo da humanidade nos padrões dos países de Primeiro Mundo”.
O consumismo faz mal não só para sua conta bancária, mas também para o planeta! Já parou para pensar sobre isso? Sustentabilidade é assunto importante e bastante discutido por instituições sérias. Ouvimos, concordamos e chegamos a ficar preocupados por uns momentos, mas será que em nosso cotidiano levamos uma vida sustentável?
Infelizmente, acho que estamos longe do ideal – e eu me coloco na fatia da população que precisa aprender mais sobre as condutas sustentáveis. Então, por onde começar? Como de costume, pela reflexão…
Verifique abaixo algumas atitudes sustentáveis extraídas do site Akatu e faça uma análise de como você lida diariamente com essas questões:
  • Tome banho mais rápido;
  • Não deixe a torneira aberta ou pingando enquanto escova os dentes;
  • Programe sempre as compras de alimentos;
  • Varie seu cardápio de frutas e legumes, isso estimula a diversificação de cultivos agrícolas gerando mais renda ao produtor além de melhorar o solo. Sua saúde também agradece a variedade de nutrientes ingeridos;
  • Faça de sua festa uma comemoração sustentável. Para isso planeje! Segundo o Instituto, cada evento provoca um impacto ambiental extraordinário, com enorme consumo de água, energia e recursos naturais;
  • Atenção ao consumo sem necessidade. Vale os 3Rs: reduza, reutilize e recicle;
  • Não compre produtos piratas;
  • Dê atenção às moedas;
  • Pare de fumar;
  • Incentive pessoas a pararem de fumar;
  • Não deixe os aparelhos em stand by;
  • Desligue seu computador quando não estiver usando;
  • Ande de bicicleta;
  • Não jogue óleo na pia;
  • Reutilize a água da máquina de lavar para limpar o quintal e a calçada;
  • Use sacolas retornáveis;
  • Separe seu lixo.
Mudança de hábito requer paciência e disciplina. 
Comece pelas atitudes mais simples e vá adotando outras práticas pouco a pouco. Ensine seus filhos a cuidarem do planeta através das sugestões acima, mas através do seu exemplo. Utilize os momentos de compra para ensiná-los sobre o consumo consciente como forma de gerar saúde financeira e ambiental.
Para construir um futuro mais sustentável é necessário que cada um de nós faça sua parte. O desafio para o país é grande, requer sérias decisões políticas e muita boa vontade por parte dos empresários. Quando a maioria da população adotar práticas mais conscientes, veremos uma mudança de comportamento iniciada na base e tendo desdobramentos na política como um todo. Afinal, vivemos em uma democracia.
Para terminar, deixo algumas sugestões: cuide de seu universo particular com atenção, ensine seus filhos a viverem com mais qualidade de vida (diferente de “ter tudo”), consuma com consciência, priorize o “ser” (e não o “ter”) e vá expandindo sua consciência para a o cuidado com o coletivo.
(Via dinheirama.com)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Análise Técnica é essencial ao investidor iniciante na bolsa de valores?



Como escolher uma corretora para começar a investir em ações? Preciso saber Análise Técnica para começar a investir?”. A discussão girou em torno de duas dúvidas enviadas por internautas. O vídeo da série #TopMoney discute:
  1. A escolha da corretora para investir é um passo tão importante quanto a estratégia a ser usada para investir em ativos depois do cadastro. Conhecer bem a corretora, seus serviços e profissionais pode fazer diferença na hora de investir;
  2. Analisar aspectos como preço, estrutura e ferramentas disponíveis (relatórios, calculadoras, consultoria, apoio nas operações etc.) é importante para dar ao investidor a confiança necessária para os primeiros passos no mercado de ações;
  3. A Análise Técnica não é um item obrigatório de aprendizado para quem deseja começar a investir. Entender a dinâmica do mercado e focar também na correta seleção de empresas é até mais importante para quem pretende investir no longo prazo.
Assista ao vídeo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vídeo da reconstrução das Torres Gêmeas após atentado.



Em memória de honra, após 11 anos do ataque as Torres Gêmeas no dia 11 de setembro, uma empresa preparou um vídeo com lapso de tempo que mostra toda a construção do One World Trade Center. Após a sua conclusão, o prédio será o mais alto dos Estados Unidos, estando a uma altura simbólica de 1.776 pés (541,3m). Confira o vídeo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

País tem 30% das escolas em ‘alerta’


 
A rede pública de São Paulo teve em 2011 a 3.ª melhor nota do país no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ciclo 2 do ensino fundamental, de 5ª à 8ª série, mas 30% de suas escolas estão estacionadas, em estado de alerta: não avançaram na nota, não bateram suas metas e não chegaram ao Ideb 6 - a meta do país para 2021.
O porcentual paulista é igual ao do Brasil. No país, 30% das escolas dessa fase também estão em alerta. Nas unidades de 1.ª à 4.ª série, o quadro é um pouco melhor: são 20% nessa situação.
A classificação em níveis qualitativos, recém-criada pela Meritt Informação Educacional, oferece uma leitura mais adequada da qualidade das escolas brasileiras.

"Precisamos comparar escolas com elas mesmas. Ter duas escolas com a mesma nota, por exemplo, não significa que estão na mesma situação", explica o diretor da Meritt Alexandre Oliveira.
Por isso, o método cruza três critérios da evolução das escolas para entender melhor os dados do Ideb: crescimento no índice, cumprimento das metas para o ano e o Ideb 6. A combinação desses critérios coloca as escolas em determinado nível qualitativo.

A divisão funciona assim: caso a escola não tenha cumprido nenhum dos critérios, a situação é de alerta. Se pelo menos dois dos critérios foram cumpridos, a situação é de atenção.
Ter evoluído com a nota e ficado acima da meta, mesmo que abaixo de 6, é positivo e recebe a classificação manter.
Na classificação excelente estão as escolas que cumpriram todos os critérios.
A distribuição das escolas entre os níveis mostra grandes desafios, principalmente na fase 2 do ensino fundamental. Nas escolas de 5ª à 8ª série, além de 30% em alerta, 7.584 estão em atenção. Ou seja, só evoluíram em um ou dois critérios. Dessas escolas, metade só cumpriu a meta para aquele ano - sem evoluir.

No ciclo 1 do fundamental, de 1ª à 4ª série, há 27% das escolas no nível de atenção - além dos 20% em alerta. A boa notícia é que 43% das escolas (15.322 unidades) conseguiram crescer no Ideb e bater suas metas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Fonte: Exame.com

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

As novas tendências de consumo da América Latina


O conceito de flexlife, o acúmulo de experiências, a conexão das marcas com as suas raízes folclóricas e o Brand Government são alguns dos conceitos que devem ditar as tendências de consumo na América Latina para os próximos anos. Um estudo promovido pela trendwatching.com mostra que os consumidores estão cada vez menos interessados no comprometimento com as marcas, enquanto as empresas se esforçam para oferecer serviços mais flexíveis e customizados.
O estudo aponta uma tendência crescente das pessoas migrarem para os seus mundos particulares, dando uma maior importância para o estilo flexlife, no qual há uma multiplicação nas opções de escolha por serviços sem o comprometimento. O mercado de academias já vem mudando para se enquadrar nesse novo estilo de vida, oferecendo além dos tradicionais pacotes de horários, opções de vouchers individuais, os gym passes, que permitem aos frequentadores adquirirem aulas em separado, em qualquer unidade e horário de suas redes.
Essa mudança de comportamento remete ao conceito de acumular experiências e muda o patamar do que é considerado luxo. “Daqui para a frente, a tendência é que o luxo esteja cada vez mais ligado à ideia de flexibilidade, com consumidores escolhendo livremente as opções que desejam na hora que querem. Essa liberdade hoje custa mais caro, como no caso das companhias aéreas, onde mudar de horário em cima da hora implica em taxas. Mudar de ideia custa mais caro e a tendência é que isso mude”, explica Luciana Stein, diretora para a América Latina da Trendwatching. 

DRIVERS DE STATUS

Outra tendência apontada para o futuro da América Latina é o conceito de praticidade e velocidade. Nascidas com os fastfoods, as características permaneceram adormecidas por algum tempo e agora vêm sendo retomadas. Em contrapartida, para alguns serviços a lentidão está também associada ao luxo. Lojas como a Daslu, por exemplo, lidam com a menor velocidadee a tranquilidade como uma forma de aumentar a experiência e gerar uma relação com a marca.

No futuro, os drivers de status devem passar por uma modificação com a ascensão social e econômica geradas pela educação. “O luxo no Brasil está muito ligado ao desenvolvimento pessoal. O desejo de crescimento profissional faz com que as pessoas busquem na educação uma expansão de fronteiras. Com isso temos um crescimento nas ferramentas de crowdlearning, onde o saber se multiplica com facilidade, como no caso das operadoras de celular que oferecem cursos nos smartphones dos clientes”, afirma Luciana Stein.


Outra tendência de consumo em crescimento é o desejo de associar vendas com formas de retribuir os consumidores dentro dos conceitos de Brand Government, com o qual marcas surgem como provedoras de serviços que antes cabiam apenas aos governos. O principal diferencial buscado com isso é a visão de generosidade.
Em maio deste ano, a Continental usou esta estratégia para divulgar a linha de lavadoras de roupas Aqua, que promete um menor desperdício de água. A marca preparou uma ação no Facebook e, cada “curtida” na página era convertida em um litro de água. Ao final, um caminhão pipa foi adesivado com as fotos de todos os consumidores participantes e doado para uma comunidade carente.
Retribuição social

O interesse dos consumidores mais com os propósitos que com as marcas propriamente ditas está em crescimento. A ONG Tetcho, que atua na América Latina convidando pessoas a ajudarem na construção de casas em locais de situação social vulnerável, também promove ações que exemplificam esse caminho. Como retribuição pela participação no programa, a ONG mandou gravar os nomes dos voluntários nos pregos utilizados nas moradias. “O que queremos com esses exemplos é mostrar que as pessoas hoje estão cada vez mais voltadas para uma causa. O conceito de status deriva mais do que se tem que suar para conquistar”, diz a diretora da Trendwatching.

A empresa aponta como novo comportamento a migração das marcas para as suas origens, além do orgulho de suas criações. Um conceito recente, chamado no estudo de souvenir 2.0, lança produtos relacionados a saberes e está ligado à Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016. A Embratur criou recentemente um aplicativo dentro desta linha: o game Brazil Quest divulga o país por meio de um personagem que convida moradores de outros locais para conhecerem as principais cidades brasileiras.

ORGULHO PELO REGIONAL
Criada com a ideia de representar a identidade carioca, a marca “TerraVixta”, que conta com loja no Facebook, também usa o mesmo conceito do orgulho pelo regional, produzindo peças de decoração em madeira sustentável. “Este é um exemplo interessante da busca por oferecer itens regionais com maneiras mais refinadas para se mostrar. Os valores agregados estão na sustentabilidade e no corte a laser das peças”, aponta Luciana Stein.
Apesar das marcas estarem se voltando para as suas origens como uma forma de obter status e autenticidade, o estudo da Trendwatching mostra que o Brasil ainda não segue largamente essa tendência, o que pode ser um indicativo de que o país ainda não se sente totalmente parte da América Latina.
“Antes, uma marca que queria evoluir tinha que se mostrar global e escondia os seus traços latinos. Hoje o que vemos é justamente o contrário. Aquelas que mostram sua identidade folclórica se fortalecem. É o que chamamos de ‘latinlove’. Isso ainda não acontece tanto no Brasil. O país continua se sentindo o americano da América Latina. A tendência, no entanto, é que isso mude no futuro”, diz a diretora do Trendwatching.

Fonte: Exame.com


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

4 razões para rir mais no trabalho


Quem trabalha em uma empresa de cultura mais sisuda e já teve a oportunidade de conhecer um ambiente de trabalho mais descontraído, onde há bom humor (e risadas são permitidas), nota logo a diferença. Alguns estudos recentes comprovam que sorrir ajuda a fazer conexões, dá dinheiro e, além de tudo, faz bem à saúde. Veja abaixo:

MAIS SÉRIAS
84% dos homens afirmam rir muito. Já entre as mulheres, apenas 68% dizem o mesmo. Elas acreditam que é arriscado demonstrar muita alegria no trabalho — pega mal. Enganam-se: os homens entrevistados afirmam que não as considerariam menos sérias ou menos competentes se elas rissem com mais frequência.

O CHEFE RI, TODOS RIEM
O escritor americano Robert R. Provine, autor do livro Laughter: A Scientific Investigation ("Risada: uma investigação científica", em tradução literal para o português), descobriu o que todo funcionário já sabe: quando o líder faz uma gracinha, seus funcionários riem muito mais do que quando um colega conta a mesma anedota
 
SORRIR FAZ BEM AO CORAÇÃO
Ao comparar as atitudes de 150 pessoas que sofreram infarto e 150 pessoas sadias, Michael Miller, cardiologista da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, chegou a uma conclusão: quem dá mais gargalhadas evita problemas cardíacos.

QUEM RIR POR ÚLTIMO GANHA MAIS

O pesquisador Fábio Sala, da Universidade de Boston (EUA), conduziu um estudo com executivos avaliados como excelentes e medianos. Os profissionais acima da média foram, durante a entrevista, duas vezes mais bem-humorados que os executivos de desempenho mediano. Ao analisar os salários dos entrevistados, Fábio percebeu que os que riram mais ganham mais.

Fonte: Exame.com

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Brasil deve passar por profundas mudanças na economia nos próximos anos


O Brasil vai atravessar, nos próximos três ou quatro anos, uma grande mudança na área financeira, disse na segunda-feira (23) o economista Ernani Teixeira Torres Filho, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ)
“A queda da taxa de juros é só a cereja do bolo que faltava para o mercado mudar e tornar o Brasil mais parecido com o resto do mundo”, disse Torres Filho, ex-superintendente da Área de Pesquisa Econômica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele participou do seminário O Brasil e o Mundo em 2022, evento comemorativo aos 60 anos do BNDES.

Torres Filho acredita que as empresas e bancos vão começar a mudar e, nesse cenário, o BNDES também vai se transformar. “Ele [o BNDES] não vai crescer como um banco de crédito da mesma forma, porque o país vai em direção a utilizar créditos securitizados [títulos do Tesouro Nacional, emitidos em decorrência de recebimento e renegociação de dívidas da União assumidas por força de lei]. As empresas vão começar a lançar mais títulos”.

Com isso, o mercado de títulos no Brasil, que ainda é reduzido e controlado por bancos, na opinião do professor da UFRJ, tende a crescer e o BNDES acompanhará essa transição. A tendência é que o BNDES se firme cada vez mais como um banco de fomento de longo prazo.

A ideia é que o BNDES seja um banco de longo prazo, mas com flexibilidade. ”Ele tem que ser um banco capaz de ocupar espaços ou de responder à necessidade da economia a cada momento. Se o mercado privado se retrai e não dá crédito curto, eu acho que o BNDES entra, dá crédito curto, e sai”. Torres Filho acredita que assim que o mercado privado se aproximar do financiamento de mais longo prazo, o BNDES dará crédito ainda mais longo.

O professor da UFRJ advertiu que em uma concorrência aberta, dificilmente o BNDES terá capacidade de concorrer de igual para igual com o mercado privado, porque não tem as contas dos clientes nem todos os produtos financeiros que a rede privada oferece. “Ele [BNDES] tem uma especificidade. A flexibilidade de um banco que tem 20% do sistema de crédito na mão não é pouca coisa”, acredita.

Torres Filho reiterou que para cumprir o seu papel de banco de fomento, o BNDES precisa ser flexível. Para ele, os 60 anos do BNDES, completados este ano, mostram que a trajetória da instituição foi clara nessa direção.

Fonte:  Exame.com

terça-feira, 10 de julho de 2012

China continua sendo atrativa para investimento estrangeiro direto em 2012



A Conferência para o Comércio e Desenvolvimento da ONU divulgou nessa quinta-feira (5) o Relatório de Investimento Mundial de 2012. De acordo com o documento, a China continua sendo o país mais atraente para investimentos diretos estrangeiros.

Segundo o editor-chefe do Relatório, James Zhan, entre os eleitos preferidos por companhias transnacionais, China, Estados Unidos e Índia são os três primeiros colocados no ranking mundial.
Apesar de seu investimento estrangeiro direto ter batido o recorde histórico em 2011, a China registrou um ritmo de crescimento de 8%, mais baixo em comparação com o crescimento mundial de 16% e com o de 11% dos países em desenvolvimento. No investimento exterior, a China teve a primeira queda desde 2003, reduzindo 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para Zhan, a queda representa desafios para a China atrair investimento estrangeiro e investir no exterior em consequência das dificuldades e incertezas econômicas do mundo. O protecionismo no investimento é uma das razões que impedem empresas chinesas de sair do país.
Zhan prevê uma desaceleração do crescimento de investimentos estrangeiros diretos em 2012. Se não houver agitação na macroeconomia, o investimento direto global irá chegar a US$1,8 trilhão em 2013 e US$1,9 trilhão em 2014.

De acordo com a Conferência para o Comércio e Desenvolvimento da ONU, países desenvolvidos, nações em desenvolvimento e blocos econômicos em transformação irão manter alto nível de investimento nos próximos três anos.


Fonte: Portuguese.cri