segunda-feira, 12 de novembro de 2012

China vai persistir na política externa de cooperação e benefício mútuo



O 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) está sendo realizado em Beijing, capital chinesa. A política externa que o país vai adotar está entre os temas de maior interesse mundial.

O relatório feito pelo secretário-geral do Comitê Central do PCCh, Hu Jintao, durante a abertura do evento, esclareceu que a China vai se esforçar para que o próprio desenvolvimento beneficie os países vizinhos. O pesquisador do Instituto de Estratégia Internacional da China, Gao Zugui, destaca que o país sempre persiste na política de boa vizinhança. As cooperações de benefício mútuo com os vizinhos fizeram com que a China se tornasse o maior parceiro comercial da maioria deles. O país também vai continuar promovendo as colaborações com os países da região:


"Com o crescimento econômico rápido da China, não só os arredores, como também o mundo, foram beneficiados. No futuro, a China deve pensar como melhor favorecer a região. Há uma grande oportunidade nesta área. Por exemplo, a transformação do modelo de desenvolvimento vai resultar no aumento significativo da importação e do investimento no exterior."



O território chinês e os interesses marítimos têm estado entre as principais divergências entre a China e os países vizinhos nos últimos anos. O vice-diretor da Universidade dos Assuntos Estrangeiros da China, Qin Yaqing, explicou o ponto de vista chinês:



"O relatório de Hu Jintao destacou que devemos proteger os interesses marítimos, o que é muito importante. Todos os países soberanos devem fazer isso. O relatório também apontou que a nossa estratégia militar é de característica defensiva. Essa política nunca mudou. É uma posição básica da China resolver as questões relacionadas ao território através de negociações e consultas. Acho que o governo chinês nunca vai alterar essa política."



Quanto às relações entre a China e os maiores países no futuro, o relatório definiu a política de "promover a construção de um novo tipo de laços com estabilidade duradoura e desenvolvimento saudável". Esta expressão foi colocada pela primeira vez em um relatório de congressos nacionais do PCCh. Vale notar que, nos últimos dez anos, chefes de Estado da China e dos EUA mantiveram 26 encontros. Foram criados e aprimorados mais de 90 mecanismos de diálogo intergovernamental entre os dois países. Ao avaliar as relações sino-norte-americanas, o chanceler chinês, Yang Jiechi, afirmou:



"No novo século, os dois lados devem promover as relações bilaterais a partir dos interesses fundamentais do povo dos dois países e os interesses comuns da população mundial. Acho que é preciso deixar de lado o pensamento da guerra fria ao abordar esse relacionamento bilateral tão importante."



Em relação aos laços entre grandes países, o pesquisador Qin Yaqing também apresentou seu ponto de vista:



"Todos os países grandes, incluindo os desenvolvidos e os emergentes, devem resolver as questões por meio pacífico e de diálogo. Por um lado, essas nações devem contribuir mais com a humanidade. Por outro, devem lidar com os conflitos e divergências entre si de forma apropriada."



Comentando as disputas sobre as ilhas Diaoyu entre China e Japão, o diretor do gabinete da rede de televisão japonesa, NHK, em Beijing, Inoue Yoichi, pediu calma entre os dois lados.



"Acho que a imprensa japonesa não deve destacar demais a posição contrária à chinesa. O Japão deve considerar como construir um relacionamento apropriado com o país vizinho, ou como conviver com uma China que está se fortalecendo."


(Via: http://portuguese.cri.cn)

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