quarta-feira, 25 de julho de 2012

Brasil deve passar por profundas mudanças na economia nos próximos anos


O Brasil vai atravessar, nos próximos três ou quatro anos, uma grande mudança na área financeira, disse na segunda-feira (23) o economista Ernani Teixeira Torres Filho, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ)
“A queda da taxa de juros é só a cereja do bolo que faltava para o mercado mudar e tornar o Brasil mais parecido com o resto do mundo”, disse Torres Filho, ex-superintendente da Área de Pesquisa Econômica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele participou do seminário O Brasil e o Mundo em 2022, evento comemorativo aos 60 anos do BNDES.

Torres Filho acredita que as empresas e bancos vão começar a mudar e, nesse cenário, o BNDES também vai se transformar. “Ele [o BNDES] não vai crescer como um banco de crédito da mesma forma, porque o país vai em direção a utilizar créditos securitizados [títulos do Tesouro Nacional, emitidos em decorrência de recebimento e renegociação de dívidas da União assumidas por força de lei]. As empresas vão começar a lançar mais títulos”.

Com isso, o mercado de títulos no Brasil, que ainda é reduzido e controlado por bancos, na opinião do professor da UFRJ, tende a crescer e o BNDES acompanhará essa transição. A tendência é que o BNDES se firme cada vez mais como um banco de fomento de longo prazo.

A ideia é que o BNDES seja um banco de longo prazo, mas com flexibilidade. ”Ele tem que ser um banco capaz de ocupar espaços ou de responder à necessidade da economia a cada momento. Se o mercado privado se retrai e não dá crédito curto, eu acho que o BNDES entra, dá crédito curto, e sai”. Torres Filho acredita que assim que o mercado privado se aproximar do financiamento de mais longo prazo, o BNDES dará crédito ainda mais longo.

O professor da UFRJ advertiu que em uma concorrência aberta, dificilmente o BNDES terá capacidade de concorrer de igual para igual com o mercado privado, porque não tem as contas dos clientes nem todos os produtos financeiros que a rede privada oferece. “Ele [BNDES] tem uma especificidade. A flexibilidade de um banco que tem 20% do sistema de crédito na mão não é pouca coisa”, acredita.

Torres Filho reiterou que para cumprir o seu papel de banco de fomento, o BNDES precisa ser flexível. Para ele, os 60 anos do BNDES, completados este ano, mostram que a trajetória da instituição foi clara nessa direção.

Fonte:  Exame.com

terça-feira, 10 de julho de 2012

China continua sendo atrativa para investimento estrangeiro direto em 2012



A Conferência para o Comércio e Desenvolvimento da ONU divulgou nessa quinta-feira (5) o Relatório de Investimento Mundial de 2012. De acordo com o documento, a China continua sendo o país mais atraente para investimentos diretos estrangeiros.

Segundo o editor-chefe do Relatório, James Zhan, entre os eleitos preferidos por companhias transnacionais, China, Estados Unidos e Índia são os três primeiros colocados no ranking mundial.
Apesar de seu investimento estrangeiro direto ter batido o recorde histórico em 2011, a China registrou um ritmo de crescimento de 8%, mais baixo em comparação com o crescimento mundial de 16% e com o de 11% dos países em desenvolvimento. No investimento exterior, a China teve a primeira queda desde 2003, reduzindo 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para Zhan, a queda representa desafios para a China atrair investimento estrangeiro e investir no exterior em consequência das dificuldades e incertezas econômicas do mundo. O protecionismo no investimento é uma das razões que impedem empresas chinesas de sair do país.
Zhan prevê uma desaceleração do crescimento de investimentos estrangeiros diretos em 2012. Se não houver agitação na macroeconomia, o investimento direto global irá chegar a US$1,8 trilhão em 2013 e US$1,9 trilhão em 2014.

De acordo com a Conferência para o Comércio e Desenvolvimento da ONU, países desenvolvidos, nações em desenvolvimento e blocos econômicos em transformação irão manter alto nível de investimento nos próximos três anos.


Fonte: Portuguese.cri


terça-feira, 3 de julho de 2012

Missão reforça parceria Brasil-China na área de Ciência, Tecnologia e Inovação




Entre os dias 2 e 6 de julho, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antônio Raupp, se reúne com os ministros chineses de Ciência e Tecnologia, Wan Gang, e de Indústria e Tecnologia da Informação, Miao Wei e Chen Qiufa, em Pequim, para discutir temas como Nanotecnologia, Biotecnologia e a continuidade do programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).

Na missão do Brasil à China, o ministro Raupp estará acompanhado do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Leonel Perondi, e do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho.

Na agenda dos brasileiros estão programadas visitas à Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), à Administração Nacional de Espaço da China (CNSA) e ao Centro Espacial Chinês, onde se encontra o satélite CBERS-3, que tem lançamento previsto para o final deste ano. A parceria espacial entre Brasil e China, iniciada em 1988, garantiu a ambos o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto para observação da Terra.

Fonte:  TN petróleo