terça-feira, 20 de novembro de 2012

A elevação da China a "potência marítima" e sua contribuição para a manutenção da paz mundial



O relatório de trabalho apresentado durante o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) chamou a atenção de todos pela referência à construção de uma "potência marítima". Como a China sempre é a favor da paz no espaço marítimo, os planos de elevação a "potência marítima" tem um grande significado, realista e estratégico, e favorecem a proteção dos direitos e interesse legais, assim como o salvaguardar da paz mundial.

A China conta com uma linha costeira de 18 mil quilômetros e um território marítimo de mais de 3 milhões de quilômetros quadrados. Já na antiguidade, o país utilizou rotas marítimas para estabelecer uma ponte de amizade com diversas nações. Depois da fundação da Republica Popular da China, a construção da "potência marítima" se tornou um desejo comum do povo chinês. O general da Marinha, Yin Zhuo, disse que a elevação a "potência marítima" faz parte de um projeto a longo prazo para o país desenvolver um melhor sistema de segurança e aproveitar os recursos do mar para fortalecer a economia.

"O oceano é muito relevante para assegurar a segurança e estabilidade do país. A elevação a potência marítima, formulada durante o 18º Congresso Nacional do PCCh, indicou a direção para desenvolver a civilização e cultura marítima, e tem um grande significado estratégico a longo prazo."

O termo potência marítima significa que o país tem a força e capacidade para explorar, utilizar, proteger e administrar o oceano. O general Yin Zhuo assinalou que atualmente, em vez de ser uma "potência marítima", a China continua a ser um país com um grande território marítimo. Para realizar tal objetivo, o país ainda tem muito trabalho pela frente.

"No desenvolvimento cientifico e tecnológico da indústria do mar, investigação marítima e oceânica, a China continua atrasada em comparação com os países desenvolvidos. Vamos intensificar o nosso sistema de defesa e exploração marítima, para que a China se torne uma verdadeira potência marítima."

Com a proposta chinesa para se tornar uma "potência marítima", a imprensa estrangeira está mais atenta à envergadura militar do país. Sobre isso, o general Yin Zhuo apontou que a China tem se esforçado pela paz marítima. Em 2009 o país avançou com a proposta do "oceano harmonioso", e a idéia de "potência marítima" surge como uma sucessão.

"O termo potência marítima não significa que o país irá invadir outras nações. Estamos desenvolvendo a potência marítima com intenções unicamente de defesa nacional, sem intenções de agressão. Isto é, vamos salvaguardar a Carta da ONU e todos os direitos e interesses estipulados pela Lei Internacional e Nacional. As nossas forças de defesa nacional não irão roubar os direitos e interesses legais dos outros. Isso é o conceito fundamental da defesa nacional. Depois de a China se tornar uma potência, somente iremos salvaguardar nossos direitos e interesses legais, em vez de agredir os outros."

O século XXI é o século do mar. A elevação a potência marítima constitui uma necessidade para o desenvolvimento econômico, social e cultural. Sendo um país responsável, a China sempre é uma força positiva no salvaguardar da paz mundial. A intensificação da defesa nacional tem como objetivo salvaguardar o desenvolvimento pacífico do país, bem como contribuir ainda mais para a paz mundial.

Tradução Xia Ren
Revisão João Pimenta
Via: portuguese.cri.cn

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

China vai persistir na política externa de cooperação e benefício mútuo



O 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) está sendo realizado em Beijing, capital chinesa. A política externa que o país vai adotar está entre os temas de maior interesse mundial.

O relatório feito pelo secretário-geral do Comitê Central do PCCh, Hu Jintao, durante a abertura do evento, esclareceu que a China vai se esforçar para que o próprio desenvolvimento beneficie os países vizinhos. O pesquisador do Instituto de Estratégia Internacional da China, Gao Zugui, destaca que o país sempre persiste na política de boa vizinhança. As cooperações de benefício mútuo com os vizinhos fizeram com que a China se tornasse o maior parceiro comercial da maioria deles. O país também vai continuar promovendo as colaborações com os países da região:


"Com o crescimento econômico rápido da China, não só os arredores, como também o mundo, foram beneficiados. No futuro, a China deve pensar como melhor favorecer a região. Há uma grande oportunidade nesta área. Por exemplo, a transformação do modelo de desenvolvimento vai resultar no aumento significativo da importação e do investimento no exterior."



O território chinês e os interesses marítimos têm estado entre as principais divergências entre a China e os países vizinhos nos últimos anos. O vice-diretor da Universidade dos Assuntos Estrangeiros da China, Qin Yaqing, explicou o ponto de vista chinês:



"O relatório de Hu Jintao destacou que devemos proteger os interesses marítimos, o que é muito importante. Todos os países soberanos devem fazer isso. O relatório também apontou que a nossa estratégia militar é de característica defensiva. Essa política nunca mudou. É uma posição básica da China resolver as questões relacionadas ao território através de negociações e consultas. Acho que o governo chinês nunca vai alterar essa política."



Quanto às relações entre a China e os maiores países no futuro, o relatório definiu a política de "promover a construção de um novo tipo de laços com estabilidade duradoura e desenvolvimento saudável". Esta expressão foi colocada pela primeira vez em um relatório de congressos nacionais do PCCh. Vale notar que, nos últimos dez anos, chefes de Estado da China e dos EUA mantiveram 26 encontros. Foram criados e aprimorados mais de 90 mecanismos de diálogo intergovernamental entre os dois países. Ao avaliar as relações sino-norte-americanas, o chanceler chinês, Yang Jiechi, afirmou:



"No novo século, os dois lados devem promover as relações bilaterais a partir dos interesses fundamentais do povo dos dois países e os interesses comuns da população mundial. Acho que é preciso deixar de lado o pensamento da guerra fria ao abordar esse relacionamento bilateral tão importante."



Em relação aos laços entre grandes países, o pesquisador Qin Yaqing também apresentou seu ponto de vista:



"Todos os países grandes, incluindo os desenvolvidos e os emergentes, devem resolver as questões por meio pacífico e de diálogo. Por um lado, essas nações devem contribuir mais com a humanidade. Por outro, devem lidar com os conflitos e divergências entre si de forma apropriada."



Comentando as disputas sobre as ilhas Diaoyu entre China e Japão, o diretor do gabinete da rede de televisão japonesa, NHK, em Beijing, Inoue Yoichi, pediu calma entre os dois lados.



"Acho que a imprensa japonesa não deve destacar demais a posição contrária à chinesa. O Japão deve considerar como construir um relacionamento apropriado com o país vizinho, ou como conviver com uma China que está se fortalecendo."


(Via: http://portuguese.cri.cn)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dados da China mostram que recuperação ganha força




A economia da China avançou ainda mais na estrada da recuperação ante o crescimento mais lento em três anos, mostraram nesta sexta-feira dados para outubro, ao passo que o investimento em infraestrutura acelerou e a produção das fábricas do país cresceram no ritmo mais rápido em cinco meses.

A melhora em importantes indicadores de atividade no mês passado, após sinais de recuperação nos dados de setembro, cimentaram a visão de muitas analistas e investidores de que a recuperação da China está agora ganhando força graças a uma série de políticas pró-crescimento tomadas pelo governo nos últimos meses.

"Está muito claro que não há risco de pouso forçado, que a economia irá melhorar no quarto trimestre e que nós veremos um crescimento de 9 por cento na base anual no primeiro semestre do ano", afirmou à Reuters o economista-chefe e estrategista para Ásia com exceção do Japão do Credit Agricole CIB, Dariusz Kowalczyk.

Esse são sinais fortes de crescimento após sete trimestres consecutivos de desaceleração da atividade puxarem a taxa de expansão econômica para 7,4 por cento no terceiro trimestre --a mais lenta desde o começo de 2009-- deixando a segunda maior economia do mundo a caminho de marcar seu ano mais fraco desde 1999.

A pesquisa da Reuters feita após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre previu crescimento de 7,8 por cento no primeiro semestre de 2013, mas Kowalczyk não está sozinho em posicionar-se acima do consenso --e por estar mais convencido de que os números de outubro são um ponto de virada.

"A questão-chave para os investidores é se o crescimento econômico da China realmente chegou ao ponto mais baixo", afirmou o economista-chefe para a China do Bank of America/Merrill Lynch em Hong Kong, Ting Lu, em nota aos clientes.

"Baseados nos dados de outubro, especialmente a leitura de crescimento de 9,6 por cento da produção industrial, a resposta é com certeza 'sim'", disse Lu, que espera que o crescimento do PIB chinês atinja o ritmo de 8,3 por cento no primeiro semestre de 2013, aumentando em relação à taxa de 7,8 por cento do quarto trimestre.

Os ativos de risco foram, de certa forma, menos enfáticos em sua resposta aos números que mostraram surpresas positivas na produção industrial, investimento em ativos fixos --que tiveram alta de 20,7 por cento nos primeiros dez meses do ano-- e vendas no varejo, que cresceram 14,5 por cento em outubro ante o ano anterior.
Os dados desta sexta-feira, termômetros essenciais tanto da atividade doméstica como da produção do setor industrial da China voltado para exportações, deram mais evidências que o afrouxamento da política funcionou e deixaram espaço para as autoridades fazerem ainda mais se necessário.

A inflação ao consumidor desacelerou para o ritmo mais lento em quase três anos em outubro, com aumento de 1,7 por cento em relação ao ano anterior, menor que a leitura de 1,9 por cento registrada em setembro. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação ficasse estável.

Os preços nos portões das fábricas caíram 2,8 por cento em outubro ante o mesmo período do ano passado, um pouco mais rápido do que a previsão de queda de 2,7 por cento, mas aliviando em relação à queda anual de 3,6 por cento vista em setembro, bons resultados para um setor corporativo que luta para lidar com a queda dos lucros devido à deflação dos preços ao produtor.

(Via: Reuters.com)

China prepara projeto piloto de reforma financeira



Reunidos no 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), o comando da política do país prepara para esta sexta-feira (9) a aprovação de um projeto piloto de reforma financeira. O projeto será instaurado em Wenzhou, na província de Zhenjiang, para servir como modelo ao restante da China, uma vez que o governo pretende estabelecer nova ordem econômica e financeira.



Pelo projeto, haverá aumento no incentivo à participação de capital privado em bancos locais e instituições não financeiras. Segundo dados oficiais, há 11 bancos cooperativos rurais em Wenzhou e dois deles concluíram reformas internas para a sociedade anônima.



Localizado no Sudeste da China, o município de Wenzhou reúne duas cidades satélites e seis áreas agrícolas, com 9 milhões de habitantes. No século 19, a região se transformou em referência na produção de chá, importante produto no país.



O 18º Congresso Nacional do PCC, que começou na quinta-feira (8),  reúne a cúpula política chinesa, incluindo 2.270 delegados, e vai até o dia 14. No congresso serão escolhidos os novos líderes políticos. O atual vice-presidente, Xi Jinping, deverá substituir o presidente Hu Jintao no comando do País e do PCC, dando início a uma nova geração de líderes.



Na segunda quinzena do mês, devem ser definidas as composições do Politburo (a cúpula do partido, com 25 membros) e do Comitê Permanente (com nove integrantes). Na abertura do congresso na quinta-feira (8), o presidente chinês, Hu Jintao, apresentou relatório indicando as prioridades para os próximos anos.


(Via: dci.com)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Para China, vitória de Obama é oportunidade de melhorar relações



A mídia oficial chinesa afirmou que as relações com os Estados Unidos não foram equilibradas no primeiro mandato do presidente Barack Obama e a confiança mútua "diminuiu", mas sua reeleição representa uma oportunidade de recolocar os laços entre os dois países de volta nos trilhos.

Um comentário divulgado pela agência estatal de notícias Xinhua, pouco depois de Obama ser reeleito, parecia indicar um certo alívio de que a continuidade foi assegurada num momento em que os líderes chineses estão envolvidos com a própria transição de poder. Mas a Xinhua reconheceu que existem questões amargas entre as duas maiores economias do mundo.

"Já que as duas economias estão cada vez mais interligadas, um novo governo dos Estados Unidos deveria começar a aprender como construir um relacionamento mais construtivo e racional com a China", assinalou a agência.

"O novo governo Obama deveria talvez ter em mente que um relacionamento mais forte e dinâmico entre os Estados Unidos e a China, especialmente no comércio, não apenas dará aos EUA ricas oportunidades de negócios, mas também ajudará a reviver a frágil economia global."

Romney havia feito declarações duras sobre a China durante a campanha, tendo repetidamente dito que no seu primeiro dia como presidente iria tratar a China como "manipuladora de moeda".

Em contraste, Obama assumiu um tom menos agressivo. No entanto, no ano passado ele anunciou um "eixo" dos EUA na direção da Ásia, tendo como foco a região da Ásia-Pacífico, o que irritou o governo chinês.

Agora, como presidente reeleito, Obama terá de administrar um relacionamento que inclui um número cada vez maior de questões, incluindo comércio, moeda e espionagem industrial.

"Com o relacionamento China-EUA em tal turbulência, ninguém pode prever se (Obama) adotará política mais benigna estratégica, econômica e politicamente", disse o diretor do Centro para Estudos Americanos da Universidade Renmin, em Pequim, Shi Yinhong. "É possível, mas não será necessariamente assim."

Na quinta-feira pelo horário local (quarta-feira pelo horário de Brasília), a China iniciou o processo de transferência de poder, realizado a cada dez anos, com a abertura do 18o Congresso do Partido Comunista.

(Tradução Redação São Paulo, 55 11 5644 7729)

REUTERS MTS MPP
Fonte: reuters.com