quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Empresas chinesas e as medidas para enfrentar os desafios trazidos pela crise financeira

Toda a China está imersa numa atmosfera de alegria, celebrando o Festival da Primavera do Ano do Dragão. Porém, perante a redução do valor conseguido através das exportações e da dificuldade de garantir financiamento, algumas pequenas empresas chinesas têm que reconsiderar sua estratégia de desenvolvimento.
A cidade de Wenzhou, da província de Zhejiang, no
leste da China, é uma das regiões que reúne um grande número de pequenas e médias empresas. Nesta região, recorrer ao empréstimo como forma de financiamento é prática corrente entre as pessoas, fato que levou a que a cidade se tornasse num foco de atenção pública no ano passado. Com o reajuste da política monetária pelo governo central chinês, os órgãos financeiros diminuíram a concessão de crédito, fazendo com que as companhias pequenas não pudessem obter os empréstimos suficientes necessários aos seus negócios. Para resolver o problema, o governo decidiu estabelecer um serviço de assistência de crédito às empresas. O diretor da Associação para Desenvolvimento de Pequenas e Médias Empresas de Wenzhou, Zhou Dewen, expressou sua opinião acerca desse assunto.
"O governo central e os departamentos locais elaboraram uma série de medidas de assistência às pequenas e médias empresas, especialmente o reforço do apoio de crédito às companhias. Por agora, melhorou a questão da crise econômica enfrentada pelas empresas locais, mas a situação ainda não está totalmente estabilizada. Com a chegada do Ano Novo Chinês, é mais difícil obter empréstimos dos órgãos financeiros. Encontrar uma forma de garantir um funcionamento normal dos fundos se tornou a questão de maior importância para os empregadores."
Em outubro do ano passado, o governo chinês adotou diversas políticas financeiras positivas para as pequenas empresas. As medidas abrangem o aumento do limite mínimo de cobrança do imposto sobre o valor agregado (IVA) às companhias e o prolongamento das políticas preferenciais sobre receitas fiscais até fim de 2015.
Além disso, vários órgãos financeiros também ampliaram os serviços sobre as pequenas empresas. Segundo Li Lihui, o presidente do Banco da China, a proporção de crescimento dos empréstimos às pequenas e médias companhias alcançou mais de 60% em 2011. Neste ano, o banco pretende aumentar ainda mais esse valor.
"Neste ano, continuamos investindo mais recursos humanos e capital no reforço dos serviços às pequenas empresas. Além disso, o Banco da China vai abrir 50 novas filiais em zonas rurais, para aperfeiçoar o serviço financeiro nas regiões."


Nos últimos anos, muitos economistas chineses apelaram ao governo para reduzir o limite de acesso ao mercado e permitir a criação de alguns pequenos órgãos financeiros constituídos por fundos privados. Para estes especialistas, isso favoreceria as empresas privadas a obter empréstimos com maior facilidade.

Além do apoio do governo, estas empresas também devem procurar concentrar esforços na concretização de reformas. O vice-diretor do centro de pesquisa do Conselho de Estado chinês, Liu He, avaliou o assunto.
"Quanto às pequenas e médias empresas de algumas regiões, é mais importante a promoção das indústrias mais relevantes, mas não o reforço de investimento no mercado de ações e de imóveis. Além disso, as empresas devem também procurar uma postura de tranquilidade na obtenção de lucros.".


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