Os
investimentos brasileiros em pesquisa e desenvolvimento deverão saltar de 1,2%
para 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015. A afirmação é do ministro de
Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, que na última quarta-feira
(9) participou de audiência pública realizada na Comissão de Ciência,
Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Ele acrescentou ainda
que a metade do futuro percentual deverá ser proveniente de investimentos
privados.
Segundao Raupp,
até hoje mais de 80% dos investimentos em ciência e tecnologia no Brasil são
feitos pelo poder público. No Japão, comparou, as empresas privadas investem em
inovação cinco vezes mais do que o governo.
Para
alcançar as “metas ambiciosas” do país em relação ao setor, o ministro
ressaltou a necessidade de se obter o apoio da sociedade. Ele também destacou
medidas importantes como a formação de recursos humanos, o fortalecimento da
estrutura de laboratórios dos institutos de pesquisa, o aperfeiçoamento do
marco legal sobre ciência, tecnologia e inovação e a busca de novos mecanismos
de financiamento.
"O
nosso desafio é o de transformar a ciência, a tecnologia e a inovação em
protagonistas do desenvolvimento brasileiro, a exemplo de todas as nações com
elevado nível de desenvolvimento. Estamos vivendo um momento especial, onde há
reconhecimento de setores importantes da sociedade em relação ao papel que a
ciência e a tecnologia têm que desempenhar", afirmou Raupp.
O
ministro voltou a afirmar que o Brasil precisa “aumentar expressivamente” a
formação de recursos humanos. Ele observou que, enquanto a China forma 680 mil
engenheiros por ano, o Brasil forma apenas 40 mil. Ressaltou ainda a
necessidade de investimentos contínuos para a infraestrutura de pesquisa em
todas as regiões do país.
Ele
definiu como uma “verdadeira revolução” o programa Ciência sem Fronteiras, de
iniciativa da presidente Dilma Rousseff, que deve enviar ao exterior 101 mil
estudantes brasileiros até 2014 - dos quais 75 mil com recursos públicos e 26
mil financiados pelo setor privado. Ao responder a uma pergunta feita pelo
senador Valdir Raupp (PMDB-RO), preocupado com a possibilidade de os bolsistas
não retornarem ao Brasil, o ministro informou que o governo está se preparando
para alocar os pesquisadores em empresas ou institutos.
O
ministro lembrou que está tramitando no Congresso Nacional um projeto que
estabelece novo marco legal para o setor. Ele considerou importante definir
regras específicas para as parcerias público-privadas em ciência, tecnologia e
inovação, que levem em conta os “riscos inerentes” à atividade de pesquisa.
O
ministro da Ciência e Tecnologia pediu ainda que uma parcela dos royalties a
serem obtidos com a exploração das reservas de petróleo na camada pré-sal sejam
destinadas à educação, ciência e tecnologia. O senador Luiz Henrique (PMDB-SC)
pediu que os estados também dediquem parte de seus royalties a investimentos em
pesquisa científica e tecnológica.
Fonte: Tn Petróleo
Fonte: Tn Petróleo
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