O mundo gira e a competitividade chinesa já não se limita a fatores como a
mão de obra barata. As grandes empresas do país asiático estão dando um banho
em quesitos como tecnologia - principalmente quando aplicadas a produtos
populares. Um dos segredos dos preços baixos da fabricante Chery é o conjunto
formado pelo motor e câmbio ( powertrain, no jargão). O domínio da produção
desse sistema derruba até 30% o custo final do automóvel. Graças, a vantagens
desse calibre, a empresa garante que vai construir uma fábrica de automóveis no
Brasil, independentemente do aumento do IPI, anunciando para o setor em
setembro do ano passado. A nova planta deve ser erguida em Jacareí, no interior
paulista.
O investimento soma US$ 400 milhões. A companhia negocia o fornecimento de
peças ( além da dupila câmbio-motor) com indústrias instaladas no Brasil.
" também estudamos a possibilidade de trazer nossos parceiros da
China" diz Luís Curi, diretor comercial da empresa no Brasil. "
Queremos criar um parque industrial em torno da nossa nova planta ". A
produção em Jacareí deve atingir 150 mil carros por ano e está prevista para
começar em dezembro 2013.
O salto industrial da Chery foi impressionante. Ela foi criada em 1997, a
partir da compra uma antiga linha de montagem da Ford. Hoje, produz 643 mil
automóveis em 15 fábricas, sendo 13 fora da China. No exterior, todas,
porém todas são do tipo CKD (completely knock-down). Nelas não há propriamente
produção local. O carro chega ao país de destino sob a forma de um kit,
desmontando em um contêiner. A única planta industrial que foge desse padrão é
a prevista para funcionar no interior paulista.
Fonte: Revista Negócios Ed. Abril pág 75
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